segunda-feira, 16 de abril de 2012

Medo

Em minha casa, em meu quarto, por todo lado, eu fico a pensar o que será de nós, dos meus lençóis ainda com cheiro de amor.

Em minha casa, em meu quarto, por todo lado, eu volto a pensar o que será da gente, do nosso amor, da minha sede de te amar.

Em minha casa, em meu quarto com meus lençóis sinto que o que sinto não é somente saudade e nem somente desejo de estar com você, mas a necessidade d'eu estar sempre com você e de você estar sempre comigo.

Em minha, casa, em meu quarto, por todo lado estou com medo, medo de não te ter, medo de não mais poder te ver, medo de você talvez me esquecer.

Em minha casa, em meu quarto, por todo lado, eu fico novamente a pensar o que será de mim, da minha casa, do meu quarto, dos meus lençóis... sem o seu cheiro, seu suor, sem seu calor, sem o nosso amor.


Adriana Vieira

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Pedaços de mim...


Sou eu, sou você,

Às vezes sou ninguém

Tentando ser alguém.


Me adapto, desadapto.

Acostumo e também desacostumo.

Mas sempre tenho os meus costumes.


Conheço, tenho saudade.

O mundo me chama.

Me chamam, eu vou,

Mas nunca digo adeus.


Me guardo, aguardo.

Espero, desespero.

A esperança me chama

E fica ao meu lado.


Controlo, tropeço,

Amo, choro, não choro,

Rio, não rio.

Sinto saudade.


Apaixono-me.

Durmo, acordo, deito, amo, me amam.

Sinto saudades.


Tristeza, beleza, pureza,

A vida uma mistura de altos e baixos com rara beleza.

Apenas

Quero deixar o meu coração voar, pousar e se apaixonar.

Preciso deixar meu Eu correr, viver e se rever.

Necessito ir, sorrir e me imprimir.

Quero cor, amor e não supor.

Vou conjugar meu tempo no futuro e viver o tempo presente no presente, tendo o passado como um livro de histórias e estórias, apenas.

sábado, 16 de abril de 2011

Mundos mundanos e mudos

Foram muitas vidas vividas tentando ser alguém

Um alguém que dentro de mim não me cabia

Não cabia porque esse alguém era ninguém


Viajei o mundo, por muitos mundos e mundos

Querendo ter e ser um pouco de todo mundo em cada parte do mundo

Um mundo que dentro de mim não lhe cabia

Não cabia porque a mim, eu mesma pertencia e a mim mesmo eu preenchia


Mas, em tantas vidas vividas, em tantas idas e vindas por tantos mundos mudados ou não mudei meu pensar de mundos mundanos, de mundos insanos que na verdade não mudam nem muito menos são mundos, apenas são mudos pensando ser mundos.


Não seja mudo! Mude! Munde! Mude!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sonhar...

Sonhar...

Sonhar é desejar

Emaranhar-se de pecados

É permitir-se ir além do permitido

Sonhar é rezar adormecido

É encantar-se com uma cantiga de ninar

É não voltar pra casa no primeiro badalar do sino

Sonhar é encontrar com seu amor esteja ele longe ou bem perto de você

É revelar em você o mais íntimo e sombrio do seu ser

É ser você e sem medo de ser ou não ser

Sonhar é para quem tem medo, coragem e tem desejos

É encontrar-se com você e andar metade do caminho da felicidade

Sonhar é acordar a realidade há muito adormecida.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O meu sentir


Hoje acho que sei,

na manhã penso que não.


Hoje penso que sim,

na manhã já sei que é não.


Hoje cheiro seu cheiro,

na manhã já nem lhe sinto.


Hoje sinto seu beijo,

na manhã não me corteja.


Hoje sinto que sinto,

na manhã vejo incerteza.


Nas manhãs vejo incerteza,

Mas todos os dias eu sinto que sinto que sempre sentirei saudade.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Escuridão


A escuridão da noite permite que você mergulhe em você mesma

Mesmo na escuridão você se enxerga em você

Você pode se tornar o brilho de uma noite sem estrelas


A escuridão da madrugada liberta o mais íntimo do seu ser

Ilumina e desperta o doce da mais amarga paixão

Mesmo que esta rime com desilusão


A escuridão deixa o seu eu em transparência

Ela acende as suas reticências

Ela não te permite aparências


A escuridão clareia suas incertezas

Ela te permite um encontro com a sua mais bela pureza

Ela te enche de beleza


Mas todos os dias amanhece

E esta bela escuridão se envaidece

E se pinta de amarelo.


Adriana Vieira

segunda-feira, 28 de setembro de 2009


A DOR DE ESPERAR...

A dor de esperar...

É um sentimento vazio
Um vazio no leito
Um leito sem manto

A dor de esperar...

É uma música sem canto
Um canto sem dança
Uma dança sem dança

A dor de esperar...

É lembrança tardia
Nostalgia em alta dosagem
Coragem de enfrentar o medo de amar

A dor de esperar...

É experimentar os teus lábios sem poder beija-los
Abalos de amor, dor e carência
Ausência da tua presença

A dor de esperar...

É doença sem causa
Uma pausa de amor
Fervor e esperança que esta dor de esperar seja um dia apenas uma dor do passado.




quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Caminhando...

(uma poesia dedicada a luta)

Caminhando ao acaso

Alegria em seus passos

Tristeza já não é o caso

Caminhando ao acaso

Rebeldia em seus traços

Obediência já não é caso

Caminhando ao acaso

Esperança em seu rosto

Desespero já não é o caso

Caminhando ao acaso

Olhando certezas

Dúvidas já não é o caso

Caminhando ao acaso

Liberdade em seus pensamentos

Dependência já não é o caso

Caminhando ao acaso

Sonhos em seu despertar

Pesadelos já não é o caso

Caminhando ao acaso

Água em seus rios e potes

Sede já não é o caso

Caminhando ao acaso

Multidão em seu caminhar

Solidão já não é o caso

Caminhando com o mundo, pessoas e bichos

Caminhar ao acaso já não é o caso.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Arco Íris, Lua Azul

Calmaria em tempestade
Tempestade em copo d’água
Copo d’água em liberdade

Chuva em outra chuva
Sol enscuridão
Noite quem cedo madruga

Sol em lua cheia
Arco Íris, Lua Azul
Uma metade e outra cheia

Estrelas adormecidas
Nuvens estremecidas
Sementes florescidas


Adriana Vieira

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Embriaguez

Embriague-se de mim
Embriague-se de ti
Embriague-se da sua própria embriaguez

Embriague-se desejo
Embriague-se de amores
Embriague-se com sua sensatez

Embriague-se liberdade
Embriague-se felicidade
Embriague-se apenas com sua maluquez

Embriague-se certeza
Embriague-se, mas não com o seu talvez
Embriague-se de minha lucidez

Embriague-se...
embriague-se...
apenas embriague-se para que de fato embriague-se de ti.

Adriana Vieira

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Acontecer

Que fabuloso o acontecer

O acontecer do meio dia
O acontecer das estrelas precedidas de um grande dia
O acontecer não planejado

Que fabuloso o acontecer
Sem expectativa ou frustração

O acontecer quando você já não espera
O mar descoberto em meio ao acontecimento do escurecimento

Que fabuloso o anoitecer
O acontecer de encontros e desencontros
De cantos e encantos

Que fabuloso o enluecer
Que fabuloso feitiço do tempo
Dos encontros e desencontros

Que fabuloso estrelecer

Que fabuloso o acontecer quando parecia não ter de acontecer
Perfeito como o clarear do dia
O amanhecer independente dos nossos sonhos

Que fabuloso o acontecer
O acontecer do dia
O escurecer do dia e o nascer da lua

O acontecer por merecer

Hoje acontece tudo
Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada
Mas talvez acontecer

Tudo acontece quando tem de acontecer, seja comigo ou com você.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

SOMENTE ISSO

Cada noite um novo dia
Cada dia uma nova noite
Algumas noites uma daquelas maravilhosamente madrugada

Cada madrugada um novo dia
Madrugadas que anuncia e silencia
Que gera noite e alegria

Que verdade verdadeira,

Cada dia um novo dia
Cada novo dia um novo encontro
Cada novo encontro um outro encontro

De novo: dia novo, nova vida, nova idéia
Novo tudo, tudo novo

Curta o momento a cada curtição
Curto-me junto a ti
Curta-me junto a mim

Ouvi o que eu queria que da minha boca não saia
Palavras corajosas de letras ansiosas

Quero te curtir de um montão
Longe da solidão ou da prisão que junta somente dois

Quero muito mais tesão
Uma vida de imensidão, de prazer e emoção
Somente isso. Por que não?

Adriana Vieira

domingo, 1 de abril de 2007

C
A
N
S
A
Ç
O

Estou muito cansada.
Cansada de ter que fazer tudo sozinha
Cansada de tanta gente sem fazer nada
Cansada de ficar deitada até tarde
Cansada de ter que mentir pra mim
Cansada da babaquice do mundo
Cansada de não poder falar
Cansada dessa lei silenciosa
Cansada de acharem o que acho antes que eu mesma ache.
Cansada de acharem que não me canso.
Cansada de está cansada.


Adriana Vieira

sábado, 10 de março de 2007

Escuridão

Desejo um dia sem o dia
Desejo noites sem sono
Desejo brincar de novo
Desejo alegria

Desejo um dia sem o dia
Desejo alguém que não tenho há muito
Desejo alguém sem saber quem
Desejo a escuridão do dia

Desejo um dia sem o dia
Desejo ser como alguém
Desejo minha multiplicidade
Desejo abraçar o mundo

Desejo um dia sem o dia
Desejo músicas desregradas
Desejo a noite
Desejo tanto a não dar tempo ter outro dia


Adriana Vieira

quinta-feira, 8 de março de 2007

Maldição

Maldita maldição

Demorado dia
Idéia insana
Malditas pessoas

Maldita maldição
Levou-me a prisão
Trouxe-me a solidão

Plantas desiludidas
Regando agonia
Malditos esses dias

Em mim nasceram anomalias
Doenças desacompanhadas, lesão e maldição

Maldita maldição
Trouxe-me escuridão
Não me enxergo, pois, já não tenho mais visão

Que escura escuridão
A saudade solitária

Maldita maldição
que permeia o meu São João
E dança no meu salão

Não quero ouvir não

Que maldita maldição
Destruiu minha paixão

Triste solidão
A solidão da multidão.

Adriana Vieira

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Ariadne

Sinto saudade da infância
da escola
e das brincadeiras de roda

Lembro do medo do primeiro beijo
das brincadeiras de cai no poço
das inventadas lá na roça

Que saudade iriniana,
das conversas de menina
e descobertas curiosa

Saudade da mansão
e também
dos meus irmãos

Quero brincar de boneca
e com terra,
voltar a tomar o primeiro banho de mar.

Que saudade da saudade
Que Saudade Ariadne

Adriana Vieira

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Teu corpo sendo o meu

Sinto seu cheiro em meu corpo.
Ouço-lhe chamar-me neguinha.
Sinto teus braços em volta dos meus,
o calor do seu abraço.

Suor de prazer escorre em meu rosto
Sinto seu beijo em minha boca
Que sensação?
Nunca conseguirei explicar, mas sei que sentirás.

Foste embora sem dizer-me porque e para onde
Procuro-te. Está escuro.
Chamo-lhe.
Estás longe, não me responde.

A minha
Mente
goza,
ao ver teu corpo sendo o meu.